A Marca Amaldiçoada brilhava nos céus, quando um dos bruxos evocou-a. Resplandecendo em chamas, afastando as nuvens e tornando o céu num carmesim aterrorizador. Uma caveira em chamas, com duas varinhas cruzadas atrás. A Marca das Trevas. A Marca "deles". O homem tinha a face coberta por uma máscara dourada, impossibilitando seu rosto de ser visto, mesmo seus cabelos estavam cobertos. Se não bastasse, todo seu corpo restava coberto por tecidos negros e densos, que esvoaçavam ao vento gelado daquela noite.
Gregorius sorriu. E riu. Quando abaixou seus olhos vendo uma cidade trouxa incendiada, sua risada se converteu em gargalhadas. Todo o horizonte ardia em chamas, tornando o carmesim do céu bruxuleante, ressaltando o terror daquela imagem. Desaparatou. Sua gargalhada sumiu aos poucos, sendo ouvida mesmo quando deixou de ali estar. Os demais companheiros desaparataram logo em seguida. Quando o dia amanhecesse os jornais encher-se-iam de notícias. Após mais de um século de Grindelwald, as trevas emergeriam para o terror de todos os sãos.
Quando aquele mesmo homem aparatou no átrio de seu palácio, já estava despido das vestes negras. Seu corpo, agora, estava ocupado por um terno fino, com um broche ostentado no peito com o símbolo do Ministério da Magia. Ajeitou a gravata com certo cuidado, passando os dedos pelos fios do cabelo. Seus passos encaminharam-se para os andares superiores, eventualmente cumprimentando os elfos domésticos que apareciam em seu caminho.
— Francesca. Vejo que chegou antes de mim. — Seu sorriso branco ocupou a face divinamente desenhada. O estalar de dedos fechou a porta e a escuridão prevaleceu.