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Let It Snow
"Cause when you smile, my world shines"
Participantes: Dusan vön Wasser & Anthony Poirot
Alerta de Conteúdo: Livre
Descrição dos possíveis acontecimentos:Após o término do ano letivo, Dusan e Anthony acabaram tendo que permanecer nas dependências de Hogwarts durante o Natal - cada um por seus próprios motivos pessoais. Sendo assim, ambos aproveitaram para passar a festividade juntos e estreitar os laços que a algum tempo vinham desenvolvendo.
「R」
Anthony Poirot
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Anthony Poirot

Mensagem por Anthony Poirot Seg Jul 27, 2020 4:13 am

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✦ Merry Christmas ✦
Passar o Natal reunidos era - sem sombra de dúvidas - a tradição mais importante da minha família. O motivo pelo qual nos programávamos com tanto zelo e dedicação, sentindo o ânimo crescente conforme o ano chegava próximo de seu fim. A neve, por sua vez, sempre foi como um prelúdio de bons momentos. Com ela vinham as histórias, os risos, a decoração da árvore, o preparo de deliciosas refeições, as músicas temáticas e os presentes que sempre geravam ótimas lembranças para os anos posteriores.

Na verdade, se parasse para pensar eu não conseguiria me lembrar de um único momento ruim que tenha acontecido comigo durante esta época. Talvez fosse por isso que aquela seria minha data favorita.

Eu amava o Natal.

No entanto, naquele ano em particular, as coisas infelizmente teriam que ser diferente. Isso porque houveram alguns imprevistos e questões que me impediriam de estar junto dos meus pais quando o relógio marcasse meia-noite. E pela primeira vez na vida eu perderia a ceia da noite santa.

Obviamente não me deixar abalar foi uma tarefa difícil, ainda mais após me despedir de Gwen e vê-la partir rumo a sua casa para comemorar o fim do ano junto da família. Foi nesse momento que pude sentir todo o peso do que seria passar a celebração da minha festividade favorita nem ninguém.

Estava sozinho.

Melancolia foi um sentimento inevitável, até que por acaso fiquei sabendo que Dus também não voltaria para casa naquele ano. Num primeiro instante não tive coragem de perguntar o porquê disso ter acontecido, afinal podia ser devido a algum problema pessoal. Porém também não pude esconder meu contentamento genuíno ao saber que teria companhia.

Ainda assim, não significava que não me preocupei.

Inspirado com a notícia, optei por fazer do breve infortúnio uma oportunidade de descobrir novas maneiras de aproveitar o Natal. Portanto, escrevi uma carta detalhada aos meus pais explicando o motivo pelo qual eu não poderia estar com eles e desejei-lhes uma maravilhosa noite. Iria adorar saber com todos os detalhes como foi, tendo a certeza de que o vovô repetiria mais uma vez a história de como ele quase congelou só porque saiu em busca da árvore perfeita um dia antes da comemoração natalina.

Depois disso acabei me surpreendendo um pouco quando descobri os planos de Dušan, que repentinamente me convidou para passar a noite com ele na torre de astronomia. Ao que tudo indicava ele queria ver as estrelar e... bem, nos encontraríamos lá às vinte e duas horas.

Aquilo me deixou sem reação, mas também muito empolgado. Eu só não fazia a menor ideia do porquê, simplesmente gostava de estar com ele.

Por conta disso as horas que sucederam o pôr do sol foram bastante agitadas. Nelas fiz questão de providenciar frutas frescas e alguns ingredientes para preparar uma sobremesa. Doces eram sempre muito bem-vindos e eu não queria que a noite passasse em branco.

Talvez pudesse fazer algo especial.

Tive o cuidado de pensar em algo presente na cozinha tradicional alemã dada a nacionalidade do corvino, optando por um Apfelstrudel de maçã - mesmo sabendo das influências austríacas da sobremesa. E no meu caso, escolhi algo da gastronomia francesa para ele poder experimentar e eu me sentir um pouquinho mais em casa. Sendo assim, preparei alguns macaroons de abores aleatórios para colorir um pouco as coisas. Eu definitivamente amava aqueles pequenos pedaço do paraíso.

Depois de tudo pronto, tomei um belo banho e me arrumei em tempo recorde para poder chegar no local marcado exatamente cinco minutos antes do previsto. Não queria deixá-lo esperando e... céus, por que eu estava tão nervoso?

Será que ele gostaria da surpresa ou estranharia o fato de ter levado comida?

— Okay, respira Anthony. Tá tudo bem. Vai ser divertido.
ross.
Anthony Poirot
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Anthony Poirot

Mensagem por Anthony Poirot Seg Jul 27, 2020 4:20 am

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feliz natal
Que tal lindo jantar sob as luzes das estrelas. Seria um natal diferente para você? Talvez ideal para nos afastar do tradicionalismo e cultivar novos sentimentos.


O final do ano havia chegado e do jeito que as coisas andavam lá em casa, preferi não retornar, afinal, depois dos gritos e insultos da última vez que fui pra casa, não precisava ouvi-los novamente. Lore havia ido para casa de uma amiga, assim era melhor, não confiaria deixá-la sozinha naquela mansão, sem eu está presente pra evitar qualquer briga.

O dia mal tinha começado e eu j me encontrava na cozinha, fazendo algumas receita que tinha a aprendido com minha mãe, eu estava feliz aqui, embora estava teoricamente sozinho na minha casa comunal, mas tinha uma pessoa que poderia tê-lo a todo momento comigo, Anthony.

Não imaginava como um Lugano havia me tratado tão bem, mesmo sabendo de quem eu era filho. Pior, não entendia como ele havi se aproximado de mim e da Lore tão rápido assim. Mas enfim, tudo havia um propósito, não é assim que se fala? Abri um sorriso enquanto finalizava as tortas e bolo que fazia na cozinha, sem esquecer do suco de uva que mais parecia um vinho.

A noite chegara e eu me encontrava caminhando em direção a torre. Como caldeirão na mão e tudo o que havia preparado lá dentro, claro, graças a um feitiço de extensão, mas o que importa que estava tudo intacto. Ao chegar, pude ver a silhueta do rapaz à espera.

Perdão pela demora, acabei de enrolando com algumas coisas. - Seu sorriso era tímido, mas feliz por esta ali com o rapaz que lhe fazia bem, talvez seu amigo mais verdadeiro. Comecei a retirar as comidas do caldeirão e colocar na mesa. - Pronto para provar da minha culinária? - Eu abri um sorriso maior e um pouco envergonhado e com receio de não está bom.


Dusan vön Wasser
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Dusan vön Wasser

Mensagem por Dusan vön Wasser Seg Jul 27, 2020 7:07 am

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✦ Merry Christmas ✦
O som dos passos vindos das escadarias fez com que meu coração disparasse de repente. Estava ansioso, animado, mas também um pouquinho nervoso. Não sabia se tinha sido uma boa ideia preparar um pequeno banquete para a ocasião, afinal Dus poderia muito bem julgar aquilo como exagero. Talvez até entendesse errado minhas intenções, por mais que... bem, nem eu mesmo as compreendia. Só queria estar perto dele, queria agradá-lo, fazê-lo feliz e os motivos não importavam.

Por que tudo em relação ao corvino tinha que ser tão confuso?

Quando enfim pude vê-lo em meio a penumbra presente nos gélidos corredores do castelo, por um instante considerei balançar minha varinha e fazer com que tudo simplesmente desaparecesse. Não queria correr o risco de fazê-lo se sentir desconfortável, mesmo que o mais velho nunca tenha dado nenhum indício de se incomodar com sutis demonstrações de afeto e gentileza. Era sempre agradável estar com ele, eu me sentia leve, como se não precisasse me preocupar com mais nada. Podia apenas relaxar e ser eu mesmo. Sem medo, inseguranças ou qualquer outra coisa. Apenas nós.

— Não, tá tudo bem. Eu me adiantei um pouco e também acabei de chegar. — Gesticulei com a destra no intuito de ressaltar que não havia problema algum, esboçando um sorriso doce e um tanto sem jeito.

A verdade é que eu poderia esperar por horas nem me incomodar.

Talvez até séculos, se fosse por ele.

No entanto, devia admitir ter ficado bastante curioso quando abaixei o olhar e percebi que o rapaz trazia consigo um misterioso caldeirão. Não era algo que eu esperava, mas foi uma surpresa agradável saber do que se tratava.

— Oh, parece que tivemos a mesma ideia. Gênios pensam igual, hm?— Comentei, me sentindo bobo por usar humor para sequer considerar estar no mesmo nível de intelecto de um corvino. Por outro lado, era justamente isso que tornava minhas palavras um elogio sincero.

Sempre o admirei, isso eu não poderia negar.

Quando ele começou a tirar as coisas de dentro do caldeirão, logo percebi que havia um feitiço indetectável de extensão no mesmo.

— Muito inteligente, nossa. Acho que eu teria ido e voltado para a cozinha umas trezentas vezes para conseguir trazer tudo. — Ri baixinho, cobrindo levemente os lábios com as pontas dos dedos. E conforme Dusan ia tirando os alimentos de dentro do caldeirão magicamente alterado, me levantei para poder ajudá-lo a organizar tudo sobre a bancada que nos serviria de mesa naquela noite. Ele tinha pensado em tudo. Havia torta, bolo e até a bebida que minha afobação não hesitou em me fazer esquecer.

— E-Eu... acho que sim. Seria um prazer. — Senti as borboletas de outrora voltarem a se fazer presentes em meu estômago, acabando por demonstrar proatividade ao abrir a garrafa de suco para poder nos servir. Primeiro ele, depois eu. — Feliz Natal, Dus. — O sorriso singelo e acanhado surgiu ao passo em que eu erguia a taça para propor uma espécie de brinde. — E... bem, o-obrigado por estar aqui comigo.

O contentamento pela presença do amigo era genuíno e facilmente perceptível, tanto que em conjunto com o leve rubor presente em minhas bochechas - o qual eu nem fazia ideia de que estava ali - podia parecer que ambos partilhavam uma relação bem próxima. Algo de fato incomum entre bruxos de sangue puro e nascidos-trouxa, mas que nunca representou um real obstáculo para nós. Pelo menos não no que dizia respeito a nós.

Eu era grato por isso.

— Então, quais os planos para o ano que vem? Alguma meta ou anseio que gostaria de realizar? — Expressar as expectativas para o ano que estava por vir sempre foi uma das minhas partes favoritas do Natal, pois trazia uma sensação inspiradora de recomeço e progressão. Um universo de possibilidades e realizações cuja imaginação era o limite. — Ou sei lá, talvez algum agradecimento pessoal pelo ano que está acabando? Pois eu mesmo sou muito grato por tudo o que vivi e aprendi esse ano, foi incrível. — Deixei que o sorriso se alargasse em meus lábios e beberiquei um pouco do suco de agradável sabor adocicado.

— Hmm... Quer começar pelo que? — Indaguei, pegando uma das facas que o outro tinha trazido já que eu também tinha esquecido dos detalhes referentes aos talheres. — Bolo, torta, apfelstrudel, macaroons... — E só naquele momento percebi que tínhamos nos concentrado em trazer apenas sobremesas para a refeição.

Muito atencioso, afinal Dušan sabia que eu era apaixonado por doces.
ross.
Anthony Poirot
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Anthony Poirot

Mensagem por Anthony Poirot Seg Jul 27, 2020 7:40 am

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feliz natal
Que tal lindo jantar sob as luzes das estrelas. Seria um natal diferente para você? Talvez ideal para nos afastar do tradicionalismo e cultivar novos sentimentos.
Era incrível o sentimento que tinha nutrido pelo o rapaz ali, não entendia bem como e por que ter sido ele, um rapaz normal que provavelmente todos destetavam por não ser sangue-puro, o que pra mim era uma besteira afinal, não apenas sangues-puros podem ser inteiramente donos da Magia.

Feliz Natal, Thony!

Tinha uma agonia quando esse assunto vinha a tona nas reuniões de família e admito que engolia seco para não dar respostas. Apenas pedia licença e saia da mesa para não ter uma confissão maior, Lorelei sabia como me sentia e em seguida sempre ia ate meu quarto para conversamos. Eu tinha sorte de ter ela do meu lado em meio a toda aquela família que tínhamos.

- Nunca pensei em como será o ano em si, eu só queria que fosse bom o suficiente para realizar as coisas que sempre almejei. Eu nunca pensei em planos a curto prazo, e conhecendo minha família, só não poderia ser um fracassado. – Acho que seria a pior decepção para eles se eu não conseguisse se tornar uma pessoa tão sucedida quantos eles.

- Todos os anos em Hogwrats são totalmente incríveis para mim, mas sempre eu espero mais. Esse mundo da magia é totalmente, temos muito que aprender, então recomendo que aproveitarmos muito ele. – Um sorriso se formou em minha boca e olhando pra ele retruquei a pergunta. – E você o que espera desse próximo ano?

Ainda olhando para ele – vamos começar pelo seus pratos, confesso que estou ansioso. – Comecei a me aproximar dos pratos – Vamos? – Oferecendo um prato para ele colocar a comida dele.

Dusan vön Wasser
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Dusan vön Wasser

Mensagem por Dusan vön Wasser Seg Jul 27, 2020 10:16 am

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✦ Merry Christmas ✦
O olhar de Dusan me tirava o fôlego. Seu sorriso me desconcertava. O modo com o qual ele falava me era cativante e o simples fato de sua presença se demonstrava capaz de inspirar bons momentos de alegria. Eu sentia como se pudesse voar ao lado dele, livre e despreocupado - mesmo que às vezes todo o universo tentasse dizer que era errado. Tanto por nossos gêneros quanto pela questão do sangue. Um bruxo de linhagem pura e outro nascido-trouxa.

Pertencíamos a mundos diferentes.

Nossas famílias nunca se dariam bem. A dele nunca me aceitaria ou sequer me veria como um igual. Para eles, eu e todos os "sangues ruins" não éramos merecedores dos dons com os quais nascemos. Uma verdadeira falha da natureza, algo que não deveria existir.

Será que eu estava me iludindo ao pensar que poderia ser diferente? Será que deveria desistir? Pois eu não queria travar uma batalha perdida.

No entanto, sabia que por ele qualquer esforço valeria a pena.

Não tinha certeza do porquê tudo ser tão confuso, de por qual motivo eu não conseguia me afastar dele, de qual seria a origem de todas as dúvidas a respeito do que tínhamos um pelo outro e para onde elas iam quando o corvino estava por perto. Nada fazia sentido e ainda assim parecia ser a coisa mais certa da minha vida. Algo que não foi feito para ser questionado.

Tudo o que eu queria era partilhar de uma noite especial ao lado do garoto que eu gostava, comer sobremesas, rir, conversar sobre assuntos triviais e admirar as estrelas como se fosse a última vez. Talvez até tentar dizer tudo o que eu sentia por ele, apesar dessa ser uma decisão arriscada e egoísta.

— Você não é um fracassado, Dus. Nunca seria e nem teria como. — Admiração e confiança no enorme potencial do mais velho eram características que me inspiravam a ser um bruxo melhor. Como se ele fosse um ídolo ou modelo a ser seguido. — És incrível, de verdade. Suas notas são ótimas, você é gentil, engraçado, esforçado e provavelmente o bruxo mais talentoso que eu já conheci. Não precisa se preocupar em não cumprir as expectativas de ninguém. — Sabia que era fácil falar quando não se é o alvo de toda a pressão que o rapaz deveria sofrer em casa, mas gostaria que ele ao menos soubesse que poderia contar comigo sempre que precisasse.

Além disso, sua visão das coisas me agradava muito.

— Concordo. O mundo é tão vasto e cheio de mistérios, temos tanto o que aprender e tão pouco tempo. Chega a ser um pouco assustador pensar em todas as possibilidades e escolhas que nos levam a aproveitá-las ou desperdiçá-las. — Pensar naquilo era suficiente para me fazer viajar um pouco nas ideias, pensando nas tais possibilidades ao nosso respeito. O que poderíamos vir a nos tornar? — Mas também acho que é importante aproveitarmos cada momento sem tanta preocupação. As vezes a magia tá na simplicidade dos detalhes, não acha?

Ah, e lá estava ele outra vez. Seu lindo e encantador sorriso.

— E-Eu? — Por um instante fui pego de surpresa pela réplica da pergunta, demonstrando envolvimento com as palavras alheias. — Hmm... Acho que seria legal melhorar meu desempenho em algumas matérias nas quais tenho mais dificuldade, como DCAT, por exemplo. — Proferi, tocando meu queixo conforme esboçava um semblante pensativo. — Também gostaria de aprimorar os meus conhecimentos no ramo da medibruxaria, talvez até começar a correr atrás de um estágio no Mungu's e... — De repente senti as bochechas se aquecerem devido ao rubor que se intensificou de leve nas mesmas, me fazendo dar uma pequena pausa na linha de raciocínio. — São muitas coisas, nem sei como poderia listar todas elas. — Concluí, ficando aliviado quando o maior decidiu começar com o jantar natalino.

— Claro, vamos sim. — Cozinhar era uma das minhas maiores paixões, tanto que desde a infância eu o fazia sempre que possível já que a família Poirot era dona de uma padaria na França. — Espero que goste. — E com um pouquinho de receio, comecei a servi-lo.

Primeiro cortei uma generosa - porém não exagerada - fatia de apfelstrudel, sentindo o cheiro de maçã ao colocá-la no recipiente que o corvino mantinha voltado em minha direção. Depois tratei de rodear a sobremesa com alguns macaroons, que ostentavam diferentes cores e formatos, prezando por alguma estética na hora de montar a 'decoração' do prato. Por fim, como a bebida já estava servida, apenas empurrei a taça para ele e o fitei com certa expectativa. — Bon appétit. — Disse em minha língua materna, sorrindo.

Gostaria de ver sua reação antes de pegar um pouco para mim.
ross.
Anthony Poirot
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Anthony Poirot

Mensagem por Anthony Poirot Seg Jul 27, 2020 10:40 am

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feliz natal
Que tal lindo jantar sob as luzes das estrelas. Seria um natal diferente para você? Talvez ideal para nos afastar do tradicionalismo e cultivar novos sentimentos.
Ei, você poderia imaginar como seria a vida de outra pessoa? Sim, você conseguiria imaginar, mas você imaginava a dificuldade que eles enfrentam? Não, você acha que pode, mas nunca saberá a pressão, a dor ou a frustação de nunca ser dono de si.” E era assim que os outros viam a vida dos Wasser. Por serem ricos e varias linhagens puras, acham que somos assim, uma vida fácil.

Ao ouvir os elogios de Anthony, pensei em como ele estava enganado, não importa as notas se eu não souber ser o melhor da família. Ainda mais por ser o homem mais velho entre os filhos e primos, quase me tornando um adulto. Um semblante triste se fez presente, não diria bem triste, mas estava mais para pensativo. – Queria que fosse assim. Mas não é. – Thony me conhecia bem menos do que eu era, ele apenas conhecia o que eu deixava que ele conhecesse.

- Não importa notas, não importa feitiços conjurados. Eles querem ver conquistas, históricos que posso deixar gravado em Hogwarts como deixei em Durmstrang. – Eu ouvi os gritos com a Lore, eu participei dos gritos que ele dava, que de certa forma se recaiu sobre mim, pois eu teria que fazer um marco em Hogwarts para que todos me visse com o melhor e visse minha família com a mesma era visto em Durmstrang.

Ele não conhecia meu pai, ele não via que eu tinha culpa por não ter nascido primeiro que a Lore. Mas enfim, são pesares que eu deveria carregar sempre sozinho. – Mas vamos mudar de assunto, tudo bem? -  Ergui meu rosto deixando as coisas que falei ou pensei para tras. – Para com isso, vou ajudá-lo a melhorar, DCAT em temos que estávamos vivendo é crucial para sua sobrevivência, eu irei ajuda-lo. – Um sorriso se formou em meu rosto e comecei a direcionar para mesa.

- Medibruxaria? É muito bom, você será o melhor. Até porque vou precisar quando voltar das missões do ministério. – Sempre falei que seria o Chefe dos Aurores, mas dependendo do meu pai eu pularia logo para o Ministro da magia. Como estava estudando em Hogwarts ele viu uma oportunidade de crescer o nome da família na Inglaterra.

Ao botar a primeira colher na boca e pude sentir todo o gosto daquela comida. – Está uma delícia. Já pensou em tomar o lugar dos elfos domésticos? – Continuei saboreando toda aquela comida em minha boca. EU tinha outros assuntos para tratar com Thony, mas muitos deles eu não sabia como prosseguir. – Espera, está sujo aqui. – Botei meu prato na mesa e retirei um lenço do bolço e comecei a limpar o canto de sua boca. Ao triscar em sua pele senti um arrepio, nunca havia ficado próximos assim, não entendia o que era aquilo e sentia ainda um misto de sentimentos.


Dusan vön Wasser
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Dusan vön Wasser

Mensagem por Dusan vön Wasser Seg Jul 27, 2020 11:01 am

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✦ Merry Christmas ✦
Conseguir se colocar no lugar dos outros nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais quando ambos os lados possuem vivências e experiências completamente distintas entre si. Cada um com sua própria maneira de ver o mundo e de experimentá-lo, e por experiência própria eu podia afirmar que que cada ser era como seu próprio universo particular. Sentimentos, anseios e ideias únicas reunidos em um corpo de importância sem precedentes.

E ser capaz de sentir cada um desses impulsos me fazia entendê-los.

Não apenas de maneira superficial, mas sim como se de fato fossem minhas próprias experiências. Inicialmente pareciam ecos distantes e distorcidos, por vezes até irreconhecíveis, mas que provocavam reações bastante reais. Uma crescente sensação de solidão, frustração, incompreensão, impotência e não pertencimento. Era como se estivesse exausto de tanto tentar obter alguma coisa, mas não fazia ideia do que era. Apenas não aguentava mais.

Não me sentia sequer dono de mim.

A gélida melancolia então preencheu meu peito ao passo em que as palavras deixaram a boca do mais velho, demonstrando traços de resignação e pesar. Não devia ser assim. Não, não podia. Era injusto, redutor e extremamente revoltante. Um peso que Dusan não devia ter que ser obrigado a carregar.

Ele não estava sozinho.

— Mas você tem suas próprias conquistas, tão incríveis quanto podem ser. Quando toca o coração das pessoas, seja como for, passa a ser parte dela pelo resto da vida. — Eu tinha ciência de que aquela poderia ser uma visão um tanto ingênua e inocente para alguns, quase fantasiosa, mas não haviam dúvidas de que era o que eu acreditava. — E querendo ou não as pessoas gostam de você. Não porque têm medo e ti ou do vosso nome, mas sim porque as cativou por conta própria. — Fiz uma breve pausa e sorri, estranhamente sensível naquele instante. — Ao menos foi o que aconteceu comigo.

E ali, sob todas as estrelas como testemunhas, a sinceridade surgiu.

Não foi um assunto que perdurou por muito tempo, mas permitiu que nossa ligação se fortalecesse. Algo sutil, porém importante. Isso porque com o pedido de mudança não havia outra coisa que eu pudesse fazer se não respeitar a decisão do rapaz, sem questionar ou pestanejar. Se ele não queria falar sobre família, poderíamos encontrar outro tópico mais agradável para permear nossas conversas numa noite tão linda e especial como aquela.

— Claro, sem problemas. — Murmurei um tanto quanto sem jeito, tentando esboçar um sorriso gentil e ao mesmo tempo cauteloso. — Sinto muito.

Houve uma breve pausa onde nenhuma palavra foi dita e ambos pudemos ouvir a respiração um do outro, trocando olhares de cumplicidade e... bem, eu não sabia dizer ao certo o que significava aquile sentimento. Só tinha a sensação de que era algo bom, novo e que eu não queria que acabasse.

— Tem razão, mas eu não sei, é tão difícil. — Torci o nariz ao lembrar de alguma das aulas de defesa contra as artes das trevas, nas quais tive que despender de um esforço muito maior que o habitual para obter o mínimo de resultados aceitáveis. Uma verdadeira piada. — Entendo a importância desses conhecimento e até gosto da parte defensiva da matéria, mas na hora de realizar feitiços ofensivos eu simplesmente... travo. É frustrante. — O suspiro que ousou escapar por entre os meus lábios ressaltou esta sensação, direta e espontaneamente. No entanto, o sorriso que surgiu a partir deles com a proposta de ajuda por parte do corvino foi bastante animador. — S-Seria uma honra. — O olhar abobalhado e esperançoso chegaria a ser patético se os puristas da sonserina o estivessem vendo naquele momento. — Se não for incomodas, claro. Pois nesse caso eu poderia compensar dividindo um pouco do que sei a respeito da medibruxaria. É muito útil conhecer ao menos o básico dos primeiros socorros. — Dei de ombros, tentando parecer mais casual no intuito de afastar o nervosismo e talvez até parte do acanhamento.

Ser reconhecido por ele foi como ganhar na loteria.

— Sério?! — Posso dizer com certeza que meus olhos brilharam no momento em que ouvi seu elogio. — Que bom que gostou. — Não me importei em sorrir um pouco demais e acabar demonstrando o quão aquilo me fez feliz. — E tomar não, mas já considerei seriamente uma parceira. Seria divertido trabalhar com eles na cozinha. — Ri baixinho, notando que o papo tinha ficado um pouco mais leve. — Meus pais tem uma padaria lá na França, então meio que aprendi desde cedo a fazer essas coisas. É como um dos meus maiores hobbies ou paixões. — Então tratei de me servir com o que ele havia trazido, colocando um pedaço de bolo e outro de torna no meu prato antes de prová-los.

— Nossa, isso também tá uma delícia! — Comentei um tanto surpreso, afinal não imaginava que Dusan tinha grandes dotes culinários. — Foi você que fez? — Indaguei, querendo confirmar aquele fato. Talvez assim conhecesse mais uma faceta do rapaz que continuava a me surpreender cada vez mais todos os dias. Seria mais uma coisa que tínhamos em comum.

De repente, um arrepio percorreu todo o meu corpo.

A aproximação sutil, a voz rouca, o movimento dos lábios, as feições confusas e os olhos expressivos - além de intensos - me fitando com tanta curiosidade... devia admitir que foi muito cavalheiro de sua parte me ajudar com um detalhe como aquele. No entanto, a iniciativa também acabou me pegando um pouco de surpresa - assim como o forte palpitar de meu coração. Tudo graças a um simples toque, o qual teria sido realizado apenas pelo macio tecido de alta qualidade do lenço que o corvino utilizou para limpar a sujeira de doce que supostamente havia no canto da minha boca, isso é, se não fosse pelo breve descuido que fez com que nossas peles entrassem em contato uma com a outra.

Muitos sentimentos fervilharam dentro de mim naquele instante. Sentimentos estes que apesar de tentar eu não consegui discernir o significado, origem e motivo com careza e exatidão. Eles apenas existiam.

— O-Obri-gado... — Minha voz saiu trêmula e hesitante, quase inaudível, e meu corpo estremeceu conforme as bochechas eram tingidas de rubro devido a concentração de sangue que aquecia a região.

Eu não sabia bem o que dizer, mas tinha gostado da sensação.

Tun dun...

Queria que ele fizesse de novo, caso pensasse da mesma forma.

Tun dun...

Por favor, só mais uma vez.

Tun dun...

Apenas para eu tentar entender o que significava.
ross.
Anthony Poirot
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Anthony Poirot

Mensagem por Anthony Poirot Seg Jul 27, 2020 11:44 am

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